25 de maio: Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata

25 de maio é umha data especial. Em primeiro lugar, desde 2001, é o Dia da Toalha, na honra de Douglas Adams e da sua trilogia de cinco livros chamada The Hitchhiker's Guide to the Galaxy. Em segundo lugar, desde 2006, é o Dia do Orgulho Nerd, também chamado Dia do Orgulho Geek ou Dia do Orgulho Friki, na honra da saga de filmes Star Wars. Mas o importante para o tema de que vamos falar é que, desde 2007, também é o Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata, onde se reivindica a unidade das línguas galega e portuguesa.


A história oficial que nos contárom na escola já a conhecemos. O galego e o português fôrom a mesma língua, o galego-português, até o século XIV. Depois separárom-se, chegárom os Séculos Escuros onde o galego nom se escreveu mais, e chegados ao Rexurdimento no século XIX os escritores acordam umha ortografia para o galego curiosamente parecida à do castelhano. E hoje em dia, diz que, com o galego podes-te comunicar com toda a Lusofonia, mas tendo em conta que o galego e o português som línguas completamente diferentes.

Mas... e se o galego nom se separou realmente do português? E se continuam a ser variantes dumha mesma língua? Essa é a visom de muitos autores galegos, de Pondal a Séchu Sende. E defendem, coerentemente, umha ortografia do galego continuadora do galego medieval e acorde com o português moderno. E é por isso que, nos anos 80, ao mesmo tempo que a RAG e o ILG sacárom as Normas Ortográficas e Morfolóxicas do Idioma Galego (o galego que aprendes na escola), a AGAL sacou a sua própria proposta ortográfica, que é a que estou a usar neste artigo.

Nom quero insistir mais em temas filológicos e de normativas, as duas estám aí e som igual de válidas. Já vedes, eu nom tenho problema em usar umha ou outra. O tema sobre o qual quero reflexionar é se o galego e o português som ou nom umha mesma língua. Veredes, quando eu era pequeno, na aldeia podia ver os canais de TV portugueses. E como alá os episódios de Pokémon iam mais avançados que na TV espanhola, via-os sempre. E reconheço que o sotaque era algo difícil ao começo, porque comiam letras (pronunciavam mui fechadas algumhas vogais) e assobiavam (pronunciavam o z ou o j sonoros), mas em nengum momento duvidei que isso que falavam fosse o mesmo que falava a minha avó. Também nos filmes da Disney falavam um castelhano estranho (espanhol latino) e nom por isso deixava de ser castelhano.

Os portugueses dizem vocês sabem, os galegos dizemos vós sabedes, e daí? Os argentinos dizem vós sabés e os espanhóis tú sabes, e falam a mesma língua. E os falantes nativos de basco de Biscaia quase nom se entendem com os de Zuberoa, e falam todos euskara.

Dito isto, vós fazei o que queirades, eu sou feliz vendo vídeos dos Gato Fedorento ou do Marcos Castro. E à hora de escrever... fazei também o que queirades, mas sempre com respeito. Dum lado e do outro.

Para saber mais:

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